Juliete Binoche é uma das
minhas actrizes preferidas do cinema francês. Andava há uns tempos para ver
este filme que já vai há muito no Corte Inglês. Fui ontem e dei o tempo como
bem empregue. Um filme onde a culinária é tratada como se um poema fosse. Ao pé
disto a Festa de Babette é um lanche. Um aristocrata francês, no seu solar,
reúne-se com os amigos para disfrutarem dos bons repastos que a sua cozinheira
e amante prepara religiosamente na grande cozinha com uma ajudante e uma
aprendiza que tem o dom dos sabores. Os pratos vão saindo daquelas mãos com
toda a sua maestria e os sons misturam-se com os sabores levando os
espectadores a apreciarem toda a comida mesmo antes desta chegar à mesa dos
comensais. O anfitrião, um perfeito gourmet, mas também ele um excelente
cozinheiro, goza com os seus amigos descrevendo todos os pratos que vão
chegando à sua mesa. Binoche recebe o seu “patrão” na sua cama, mas sempre com
uma independência de que não prescinde, apesar das muitas insistências do mesmo
para que case com ela. Finalmente decide-se e o gourmet acaba cozinhando para
ela, mas a vida é cheia de imprevistos e a saúde dela não é das melhores… será
que ele quer uma mulher ou uma cozinheira? Vejam o filme e ficarão a saber.
Gostei bastante, mas ia enjoando com tanta comida. Dos filmes sobre culinária,
A Festa de Babette e a grande Farra, este para mim foi o melhor, pois mistura
sabores com sentimentos.
Juliette Binoche e Benoit
Magimel são os protagonistas deste excelente filme e curiosamente já tinham
tido uma relação de alguns anos na vida real. O filme é realizado por um
vietnamita de quem nunca tinha ouvido falar, Tran Anh Hung.
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