De um amigo Pilão recebi um mail com este link:
É realmente impressionante o que
os judeus fizeram em Israel, mas não posso deixar de pensar nos Palestinianos.
Nada está historicamente provado
da origem do povo judeu. Nem a arqueologia nem os registos egípcios têm
qualquer referência ao povo judeu. Portanto, nada se sabe antes, nada se sabe
depois. Tudo o que conhecemos é o que vem escrito nos chamados documentos
“sagrados”. A Bíblia, supostamente começada por Moisés, personagem cuja
existência nunca foi provada, foi depois continuada por escritos de profecias
várias que naquele tempo proliferavam, dizem. Claro que esses escreviam aquilo
que lhes interessava fazerem crer. Como nada está registado, não se sabe quem
governava o Egipto no tempo em que as escrituras referem o êxodo. Atribui-se,
sem qualquer confirmação, que seria Ramsés II, no entanto, nada na história da
governação desse faraó, nem na arqueologia, há referências a esse povo. Há, no
entanto, indícios de várias tribos escravizadas e, provavelmente a tribo dita
judaica seria uma delas. Há quem refira que essa tribo foi uma das que não
aceitou o regresso ao politeísmo aquando da morte de Aquenáton (Amenófis IV, foi Faraó da XVIII dinastia do Egito) que assim
passou a chamar-se por ter determinado que no seu reino só se adoraria um Deus,
Aton o sol. Os egípcios adoravam vários deuses e não ficaram lá muito
satisfeitos com esta determinação, assim, após a morte de Aquenaton, tudo
voltou à mesma com seu filho Tutancamon, que morreu cedo. Há pois defensores de
que a tribo “judaica” continuou monoteísta e devido a essa teimosia foram
dominados e escravizados. Mas tudo isto não passa de conjecturas. O nascimento
das doze tribos de Israel formadas pelos doze filhos de Isac filho de Abraão,
também são referências bíblicas não confirmadas. Aliás Abraão seria Caldeu pois
teria nascido em Ur na Mesopotâmia. Teria sido também do seu filho Ismael que
nasceria a religião dos muçulmanos. Assim sendo seriam duas religiões irmãs e
deveriam dar-se bem. Pois sim…
Não podemos pois tomar como
certas as “histórias” da fuga do Egipto e da chegada à terra prometida, quanto
mais acreditar naquela balela da travessia do Mar Vermelho.
“A divisão dos reinos]
Com o descontentamento constante
das tribos sob o domínio de Salomão, o reino se divide em duas partes
sob o governo do filho de Salomão, Roboão. Dez Tribos se rebelam contra
impostos cobrados por Salomão e reivindicam a Roboão negociá-las. Diante da
negativa do jovem rei Roboão, dez tribos se rebelam um formam um reino à parte.
Assim, duas tribos ficam com Roboão, continuando Jerusalém como sede do reino
(I Reis 12),reino de Judá ao sul e o reino de Israel, tendo Samaria como sede e
Jeroboão, como rei. Jeroboão era filho de Nebate, efrateu de Zereda, servo de
Salomão (I Reis 11:26; 12:19-20) reino de Israel ao norte. Diversas crises
políticas e religiosas acabam levando à decadência dos dois reinos: o reino de
Israel é destruído pelos assírios, enquanto o reino de Judá é destruído pelos
babilônios. No exílio, o povo israelita começa a tomar consciência do seu papel
no "Plano de Deus" e, após alguns anos, retornam para sua terra e
reconstroem o Templo, reorganizando suas Escrituras. Com estes fatos encerra-se a história do
período das Escrituras
Hebraicas.
A
era talmúdica
Com o retorno de algumas
comunidades judaicas para a Judeia, uma renovação religiosa levou a
diversos eventos que seriam fundamentais para o surgimento do Judaísmo como uma religião mundial. Entre
estes eventos podemos mencionar a unificação das doutrinas mosaicas, o
estabelecimento de um cânon, a reconstrução do Templo de Jerusalém e a adoção da noção do "povo judeu" como povo escolhido e
através do qual seria redimida toda a humanidade.
A comunidade judaica da Judeia
cresceu com relativa autonomia sob o domínio persa, mas a história judaica tomará
importância com a conquista da Palestina por Alexandre Magno em 334 AC. Com a morte de Alexandre, o seu
império foi dividido entre seus generais, e a Judeia foi dominada pelos Ptolomeus e depois pelos Selêucidas, contra os quais os judeus
moveram revoltas que culminaram em sua independência (ver Macabeus).
Com a independência e o domínio
dos Macabeus como reis e sacerdotes,
surgem as diversas ramificações do judaísmo da época do Segundo Templo: os fariseus, os saduceus e os essénios. As diversas intrigas entre as
diversas divisões do judaísmo levou à conquista da Judeia pelo Império Romano.”
Isto é o que refere a Wikipédia.
Daqui se infere que naquele tempo a
Palestina era uma grande “salsada” habitada por imensas tribos semitas entre as
quais as de Judá e Israel que afinal se separavam como fariseus, saduceus e
essénios.
A diáspora.
“De acordo com a Bíblia, a
Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para Deus, o que fez
com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os espalhasse pelo mundo
até que o povo de Israel retornasse para a obediência a Deus, onde
seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo. De acordo com
a Moderna Historia, a diáspora judaica aconteceu pelo confronto do povo judaico
com outros povos que desejavam subjugar sua cultura e dominar o seu território.
Geralmente
se atribui o início da primeira diáspora judaica ao ano de 586 A.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o
Reino de Judá,
destruindo a Jerusalém, e o Templo; e deportando os judeus para a Mesopotâmia. Mas esta
dispersão se inicia antes, em 722 A.C., quando o
reino de Israel ao norte é destruído pelos assírios e
as dez tribos de Israel são levadas como cativas à Assíria e
Judá passa a pagar altos impostos para evitar a invasão, o que não será possível
negociar com Nabucodonosor II.”
Mais uma vez recorri à Wikipédia para que se perceba a diáspora
do povo hebraico. Confrontos, escravidão, subjugação de uns povos aos seus
conquistadores, provocaram grandes diásporas na história. Na Palestina só os
não judeus ficaram, não sei o porquê, talvez os nossos mestres em história me
possam colmatar esta minha ignorância. No entanto, penso que foi a religião que
os juntou mas também que os fez fugir e separarem-se. A sua religião e o
isolamento a que foram sujeitos nos países de acolhimento, fê-los dedicarem-se
ao estudo, à cultura, e a criarem um espírito de obtenção de riqueza que lhes
desse um “status” para se imporem num ambiente hostil. Essa forma de vida
tramou-os. Hitler não viu com bons olhos tanta acumulação de proventos num povo
que dizia ser impuro. Seis milhões de judeus foram mortos e muitos outros
tiveram de deixar os países onde se encontravam.
Após a segunda guerra mundial muitos começaram a dirigir-se à
Palestina governada pelos Ingleses. Aí iniciaram uma campanha recorrendo muitas
vezes a actos de terrorismo para tentarem que lhes fosse reconhecido o direito
de ali viverem num estado independente. Em 1948 a ONU deu-lhes esse direito. Em
Janeiro de 1948, Ben Gurion, um judeu polaco e comunista que muito cedo se
refugiou na Palestina, depois de ter comandado muitas acções contra os Ingleses
tornou-se o primeiro presidente do novo estado de Israel. Para os Palestinianos
das outras tribos, agora muçulmanos, que nunca de lá saíram, começou o
infortúnio.
Não sou historiador. Tudo o que para aqui escrevi é capaz de enfermar
de muito erro. Por isso peço desculpa. Nada me move contra os Judeus, povo ao
qual reconheço, inteligência, cultura, determinação e dinamismo, mas não aprovo
que façam aos verdadeiros senhores daquela terra o que os outros povos lhes
fizeram a eles. São diferentes? Pois são. Não são tão trabalhadores? Talvez não
sejam, mas nunca beneficiaram das fortunas acumuladas por muitos judeus de
diversas partes do mundo, principalmente dos USA e têm todo o direito de ali
viverem. Se a ONU criou um estado de Israel, porque não teve o cuidado de criar
outro para os palestinianos? Por serem muçulmanos? Ah! Deve ser por isso. São
infiéis.