sábado, 15 de novembro de 2014

Israel, um estado construído por direito divino.


De um amigo Pilão recebi um mail com este link:


É realmente impressionante o que os judeus fizeram em Israel, mas não posso deixar de pensar nos Palestinianos.
Nada está historicamente provado da origem do povo judeu. Nem a arqueologia nem os registos egípcios têm qualquer referência ao povo judeu. Portanto, nada se sabe antes, nada se sabe depois. Tudo o que conhecemos é o que vem escrito nos chamados documentos “sagrados”. A Bíblia, supostamente começada por Moisés, personagem cuja existência nunca foi provada, foi depois continuada por escritos de profecias várias que naquele tempo proliferavam, dizem. Claro que esses escreviam aquilo que lhes interessava fazerem crer. Como nada está registado, não se sabe quem governava o Egipto no tempo em que as escrituras referem o êxodo. Atribui-se, sem qualquer confirmação, que seria Ramsés II, no entanto, nada na história da governação desse faraó, nem na arqueologia, há referências a esse povo. Há, no entanto, indícios de várias tribos escravizadas e, provavelmente a tribo dita judaica seria uma delas. Há quem refira que essa tribo foi uma das que não aceitou o regresso ao politeísmo aquando da morte de Aquenáton (Amenófis IV, foi Faraó da XVIII dinastia do Egito) que assim passou a chamar-se por ter determinado que no seu reino só se adoraria um Deus, Aton o sol. Os egípcios adoravam vários deuses e não ficaram lá muito satisfeitos com esta determinação, assim, após a morte de Aquenaton, tudo voltou à mesma com seu filho Tutancamon, que morreu cedo. Há pois defensores de que a tribo “judaica” continuou monoteísta e devido a essa teimosia foram dominados e escravizados. Mas tudo isto não passa de conjecturas. O nascimento das doze tribos de Israel formadas pelos doze filhos de Isac filho de Abraão, também são referências bíblicas não confirmadas. Aliás Abraão seria Caldeu pois teria nascido em Ur na Mesopotâmia. Teria sido também do seu filho Ismael que nasceria a religião dos muçulmanos. Assim sendo seriam duas religiões irmãs e deveriam dar-se bem. Pois sim…
Não podemos pois tomar como certas as “histórias” da fuga do Egipto e da chegada à terra prometida, quanto mais acreditar naquela balela da travessia do Mar Vermelho.

A divisão dos reinos]

Com o descontentamento constante das tribos sob o domínio de Salomão, o reino se divide em duas partes sob o governo do filho de Salomão, Roboão. Dez Tribos se rebelam contra impostos cobrados por Salomão e reivindicam a Roboão negociá-las. Diante da negativa do jovem rei Roboão, dez tribos se rebelam um formam um reino à parte. Assim, duas tribos ficam com Roboão, continuando Jerusalém como sede do reino (I Reis 12),reino de Judá ao sul e o reino de Israel, tendo Samaria como sede e Jeroboão, como rei. Jeroboão era filho de Nebate, efrateu de Zereda, servo de Salomão (I Reis 11:26; 12:19-20) reino de Israel ao norte. Diversas crises políticas e religiosas acabam levando à decadência dos dois reinos: o reino de Israel é destruído pelos assírios, enquanto o reino de Judá é destruído pelos babilônios. No exílio, o povo israelita começa a tomar consciência do seu papel no "Plano de Deus" e, após alguns anos, retornam para sua terra e reconstroem o Templo, reorganizando suas Escrituras. Com estes fatos encerra-se a história do período das Escrituras Hebraicas.
A era talmúdica
Com o retorno de algumas comunidades judaicas para a Judeia, uma renovação religiosa levou a diversos eventos que seriam fundamentais para o surgimento do Judaísmo como uma religião mundial. Entre estes eventos podemos mencionar a unificação das doutrinas mosaicas, o estabelecimento de um cânon, a reconstrução do Templo de Jerusalém e a adoção da noção do "povo judeu" como povo escolhido e através do qual seria redimida toda a humanidade.
A comunidade judaica da Judeia cresceu com relativa autonomia sob o domínio persa, mas a história judaica tomará importância com a conquista da Palestina por Alexandre Magno em 334 AC. Com a morte de Alexandre, o seu império foi dividido entre seus generais, e a Judeia foi dominada pelos Ptolomeus e depois pelos Selêucidas, contra os quais os judeus moveram revoltas que culminaram em sua independência (ver Macabeus).
Com a independência e o domínio dos Macabeus como reis e sacerdotes, surgem as diversas ramificações do judaísmo da época do Segundo Templo: os fariseus, os saduceus e os essénios. As diversas intrigas entre as diversas divisões do judaísmo levou à conquista da Judeia pelo Império Romano.”
Isto é o que refere a Wikipédia.
Daqui se infere que naquele tempo a Palestina era uma grande “salsada” habitada por imensas tribos semitas entre as quais as de Judá e Israel que afinal se separavam como fariseus, saduceus e essénios.
A diáspora.
De acordo com a Bíblia, a Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para Deus, o que fez com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os espalhasse pelo mundo até que o povo de Israel retornasse para a obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo. De acordo com a Moderna Historia, a diáspora judaica aconteceu pelo confronto do povo judaico com outros povos que desejavam subjugar sua cultura e dominar o seu território.
Geralmente se atribui o início da primeira diáspora judaica ao ano de 586 A.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá, destruindo a Jerusalém, e o Templo; e deportando os judeus para a Mesopotâmia. Mas esta dispersão se inicia antes, em 722 A.C., quando o reino de Israel ao norte é destruído pelos assírios e as dez tribos de Israel são levadas como cativas à Assíria e Judá passa a pagar altos impostos para evitar a invasão, o que não será possível negociar com Nabucodonosor II.”

Mais uma vez recorri à Wikipédia para que se perceba a diáspora do povo hebraico. Confrontos, escravidão, subjugação de uns povos aos seus conquistadores, provocaram grandes diásporas na história. Na Palestina só os não judeus ficaram, não sei o porquê, talvez os nossos mestres em história me possam colmatar esta minha ignorância. No entanto, penso que foi a religião que os juntou mas também que os fez fugir e separarem-se. A sua religião e o isolamento a que foram sujeitos nos países de acolhimento, fê-los dedicarem-se ao estudo, à cultura, e a criarem um espírito de obtenção de riqueza que lhes desse um “status” para se imporem num ambiente hostil. Essa forma de vida tramou-os. Hitler não viu com bons olhos tanta acumulação de proventos num povo que dizia ser impuro. Seis milhões de judeus foram mortos e muitos outros tiveram de deixar os países onde se encontravam.
Após a segunda guerra mundial muitos começaram a dirigir-se à Palestina governada pelos Ingleses. Aí iniciaram uma campanha recorrendo muitas vezes a actos de terrorismo para tentarem que lhes fosse reconhecido o direito de ali viverem num estado independente. Em 1948 a ONU deu-lhes esse direito. Em Janeiro de 1948, Ben Gurion, um judeu polaco e comunista que muito cedo se refugiou na Palestina, depois de ter comandado muitas acções contra os Ingleses tornou-se o primeiro presidente do novo estado de Israel. Para os Palestinianos das outras tribos, agora muçulmanos, que nunca de lá saíram, começou o infortúnio.
Não sou historiador. Tudo o que para aqui escrevi é capaz de enfermar de muito erro. Por isso peço desculpa. Nada me move contra os Judeus, povo ao qual reconheço, inteligência, cultura, determinação e dinamismo, mas não aprovo que façam aos verdadeiros senhores daquela terra o que os outros povos lhes fizeram a eles. São diferentes? Pois são. Não são tão trabalhadores? Talvez não sejam, mas nunca beneficiaram das fortunas acumuladas por muitos judeus de diversas partes do mundo, principalmente dos USA e têm todo o direito de ali viverem. Se a ONU criou um estado de Israel, porque não teve o cuidado de criar outro para os palestinianos? Por serem muçulmanos? Ah! Deve ser por isso. São infiéis.