quarta-feira, 27 de junho de 2012

OS STRAUSS

Quando resolvi aderir a esta coisa dos blogues, pensei logo que o meu seria para versar vários assuntos. Quem escreve, apesar de ser uma actividade solitária, gosta de ser lido pois é uma forma de comunicar. 
Um dos meus "hobies" é a música. Não que eu seja um "expert" na matéria, não consigo ler uma nota, mas serei aquilo a que normalmente se chama um melómano. Gosto de todas as músicas desde que sejam boas, mas umas são boas para uns e más para outros. A dita clásica é mais do meu agrado. Clássica talvez por ser mais antiga, depois há a contemporânea e a moderna. A minha contemporânea começa a ser antiga para os mais modernos. Hoje vou falar dos Strauss, grandes músicos dos séculos XIX e XX.
O nome Strauss, normalmente, põe a rapaziada a pensar em valsas e polcas. Mas Strauss houve muitos e até um que nada tem a ver com os demais. O nome, principalmente o de Johann, causa enorme confusão. Houve pelo menos três Johann. O primeiro, conhecido como Johann Strauss I ou Pai (1804-1849), foi o que tornou a valsa conhecida e famosa na época, mas a sua composição mais ouvida e apreciada é a extraordinária marcha “Radetzky” que ele compôs em honra ao austríaco Joseph Radetzky von Radetz, marchal de campo que comandou a repressão às revoltas liberais. Esta marcha é muito nossa conhecida graças aos concertos de fim de ano onde é sempre tocada, normalmente no final, e seguida com enorme alegria de movimentos por todo o público.
Este grande compositor teve três filhos também ligados à música; são eles: Johann Strauss II, Josef Strauss e Eduard Strauss. Destes o mais conhecido foi sem dúvida, Johann Strauss II (1825-1899) o célebre criador de grandes êxitos principalmente valsas e polcas sendo as valsas mais tocadas as célebres “Danúbio Azul”, “ Lendas dos Bosques de Viena” e a célebre opereta “O Morcego” com a sua extraordinária abertura muito tocada e apreciada pelos melómanos de todo o mundo.
Dos seus irmãos, também grandes músicos, pouco se fala a não ser quando na Antena2, valha-nos essa, algumas obras de Josef Strauss (1827-1870) são postas a rodar. Este, compôs também juntamente com os irmãos, sendo a obra mais ouvida a polca Pizzicato em conjunto com Johann II. Tem, no entanto, vasta obra que os melómanos mais entendidos conhecem bem.
Eduard Strauss (1835-1916) foi mais conhecido como maestro e as suas obras, apesar de bastantes e consideradas, são pouco divulgadas. Eduard foi pai de Johann Strauss III também músico e seguidor do trabalho da família.
Temos assim Avô, Pai e Neto com nome de Johann para grande confusão nas nossas cabeças.
Para aumentar a confusão, houve mais um Strauss, este alemão e não austríaco como os anteriores, de seu nome Richard (1864-1949) filho de um músico tocador de trompa, Franz Strauss que foi muito utilizado por Wagner nas suas óperas.
Richard Strauss foi autor de vários poemas sinfónicos sendo o mais conhecido o célebre “Assim Falava Zaratustra” que serviu de música de fundo no estupendo filme de Kubrik “Dois Mil e Um Odisseia no Espaço”. Teve também grande papel nas óperas com as suas célebres “Salomé”, “Elektra” e “O Cavaleiro da Rosa” entre muitas outras.
Vamos ligar a aparelhagem e colocar os CD’s a rodar. Boa audição.

(parte deste "post" foi publicado no Boletim da Associação dos Pupilos do Exército)

domingo, 24 de junho de 2012

O AlMOÇO


As palmadas nas costas eram inúmeras e ressoavam pelo pátio da quinta. Os carros, quase todos topo de gama, iam chegando, sendo os seus ocupantes recebidos com grande afecto por aqueles já presentes.
 – Olha Fulano, olha Beltrano, há quanto tempo não os víamos. Então homens? Como vão? Eh pá! Estás mais gordito. É só almoços. É só comezaina. Também já não fazes mais nada! Ginástica de alcova é só a dormir, claro?
O anfitrião a todos ia recebendo com abraços, dichotes, graçolas e brincadeiras. Os chegantes, saindo dos carros, apressavam-se a abraçar todos os amigos, sendo apresentados aos que desconheciam.
Depressa o pátio foi ficando repleto. A sombra de algumas grandes árvores abrigava pequenos grupos que se iam formando e se entretinham a conversar pondo em dia as novidades.
O almoço era de convívio e reunião de malta que normalmente caçava junta. O anfitrião, industrial da nossa praça, organizava todos os anos, várias batidas e largadas, onde perdizes, patos e faizões eram atingidos pelos tiros, mais ou menos certeiros da rapaziada. Bem, não se tratava propriamente de rapaziada, pois quase todos andavam entre os sessenta e os oitenta, com uma ou outra excepção.
A seguir ao pátio, e no edifício pertencente a uma das sociedades em que o nosso anfitrião mantinha posição muito confortável, uma porta de madeira castanha e com pequenas vidraças rectangulares, do meio para cima, dava entrada para uma grande sala, decorada com motivos de caça, fotografias alusivas aos eventos cinegéticos, cabeças e peles de javali, etc. Uma enorme mesa estava preparada para cerca de trinta lugares sentados. Três mesas redondas continham vários acepipes e garrafas de bom vinho, onde se aperitivava. A única mulher presente, a empregada da casa, já habituada a estas andanças, circulava de um lado a outro provendo o necessário para que nada faltasse aos convivas.
Sempre achei estranho este costume, demasiado árabe, de os homens do meu país, deixarem as mulheres em casa, não as levando a compartilhar destes convívios. Naturalmente até são elas que se colocam de parte, para não estarem a aturar as conversas que normalmente são de caça, política ou futebol. Assim., aproveitam as folgas dadas e ficam com tempo para si próprias, indo ao cabeleireiro, às compras ou visitar as amigas. Por mim, acho que a presença feminina dá uma certa graça a estes eventos, até para que a linguagem seja mais contida e não derive para a graçola fácil e palavreado um pouco desbragado. Mas, enfim, os homens também precisam, muitas vezes de se sentirem à vontade sem terem as cara-metade a corrigi-los depois, já em casa, dos desvarios cometidos. 
Fazendo jus ao que acabei de descrever, as conversas saltitavam dos negócios, para a caça, da política para o futebol, etc. Entre os convidados encontravam-se alguns militares de altas patentes já aposentados, um ou outro ainda em funções mas em lugares cimeiros e próximos do poder, muitos industriais, advogados, juízes, etc…
Após os aperitivos, passou-se à mesa principal onde uma belíssima cabidela foi servida em vários grandes tachos. Correu o bom vinho, verde, maduro branco e tinto. Depois das primeiras garfadas e copos, as línguas, mais soltas, criaram um enorme buruá das mais variadas conversas provenientes de grupos formados, por aqueles que se encontrando mais perto uns dos outros, falavam cada um do seu tema. A caça era o grande catalisador das questões, mas devido ao momento político que se atravessava, a crise económica teve grande peso, sendo aquele elemento mais próximo do poder, o mais solicitado para expressar as suas opiniões que bastante interessavam a homens ligados à industria e outras actividades económicas. Após o prato principal, fruta, doces e gelados foram servidos. Aos cafés correram aguardentes velhas e bons whiskys. A cavaqueira prolongou-se durante um bom bocado e os convivas levantando-se passaram novamente ao pátio continuando as conversas à sombra das árvores. Ninguém se esqueceu de elogiar o agradável almoço, dando à empregada os parabéns pela confecção de tão agradável repasto.
O tempo, juntou-se agradavelmente ao evento, com um bom dia de sol e agradável temperatura. Um pouco mais tarde, alguns começaram a debandar, uns por ainda terem afazeres nesse dia, outros para poderem chegar a casa e fazerem uma sesta reparadora que evaporasse os álcoois do organismo.
Às despedidas, grandes abraços e ditos de: − Até à próxima! – talvez com o intuito de lembrar ao anfitrião que nunca se esquecesse de organizar tão bons e belos eventos permitindo tão bons convívios.
Cheguei a casa um pouco pesadote mas contente por ter revisto alguns amigos e ter participado em interessantes e agradáveis conversas. Ainda bem que sou caçador e tenho amigos que se lembram de mim.
Entretanto a crise continuou. Ali, falámos dela mas não a sentimos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

VÍRUS



Há dias que …caramba! Só me apetece dizer palavrões. A vida já é chata p’ra burro e vai daí, para descontrair, vamos até ao computador. Uma passagem pelo “Outlook” e somos confrontados com 43 mensagens. Vou abrindo uma por uma e vou ficando cada vez mais triste por verificar que os meus amigos estão ainda mais velhos do que eu. Das duas uma, ou não lêem as mensagens e reencaminham-nas no escuro ou estão a esquecê-las muito rapidamente. Com isso sou confrontado com anedotas mais que repetidas. Depois vêm aqueles “powerpoints” terrivelmente românticos dizendo coisas que já ninguém sente nem pensa mas que são enviados para os outros para que nos tomem por românticos, serenos e afáveis, quando já todos viram e sentiram que estamos cada vez mais frios, insensíveis, egoístas e chatos. O que mais me chateia ainda são aqueles enaltecendo Deus e a sua bondade quando o mundo está cada vez mais merda, cada vez mais cataclísmico, cada vez mais sórdido e cada vez mais surdo. Todos os amigos sabem que sou ateu convicto. Porque me hão-de chatear com coisas absurdas em que não acredito? Aliás eles, lá no fundo, também não, mas pelo sim pelo não, não vá o B16 ter-se enganado e o inferno existir mesmo…
Bem, no meio disso aparecem coisas com alguma graça e outras com algum interesse, valha-nos isso para esboçarmos um sorriso e até alguma risada escondida no âmago que delirou em sair.
Um amigo manda-me um “site” e diz; “ explora isso bem pois tem umas macacadas interessantes”. E lá vem um “Hard core”. Levados pela nossa curiosidade, como se pornografia pudesse trazer algo de novo, lá abrimos aquilo e desanimamos por afinal não termos aprendido nada. Após muita gemideira e lambuzadela fartamo-nos e vamos procurar algo diferente mas, aí… Que gaita é esta? Alerta de vírus? Cavalos de Tróia? Já estou lixado! Era só o que me faltava. Passo o antivírus e nada. Vou buscar o “Spyware” e…nada, zero infecções. Fico satisfeito e ligo o “Skype” para falar com um familiar que é “expert”. Lá vem de novo o aviso de vírus! Resolvo investigar e acabo por ser confrontado com montes de convites para “download” de programas mata cavalos e caça vírus porque só com esses ficarei livre. Não me dou por vencido. Entro no menu de arranque e não consigo identificar nada no meio de trezentos e tal programas com nomes quase indecifráveis que nada nos dizem mas que não apagamos por medo que nos venham a fazer falta. Entro no DOS vou à “Tree” e também bato na indefinição da minha insegurança.
Só me apetece é formatar o disco e começar tudo de novo. Mas, e o trabalhinho que isso me vai dar? Ná…não me vou dar por vencido. Hei-de descobrir o que estes gajos fazem só para nos obrigarem a comprar programas para limpar a caca que eles próprios produzem já com esse fim.
Ainda estou a tentar…se fosse crente diria que tinha sido castigo de Deus por ter metido o nariz na pornografia. Felizmente não sou e a porno não faz mal a ninguém. Só aos tarados. Mas esses já são malucos mesmo sem ela.
Olha! Vou mandar tudo às couves e vou para a cama. Chorarei amanhã… tal como a “Scarllet Ohara” em “E Tudo o Vento Levou”.

sábado, 9 de junho de 2012

AS LEIS DA SELVA

O bicho, esparramado à sombra da grande árvore, sentia-se rei de toda aquela imensidão. Todos os animais o respeitavam e nenhum lhe fazia frente. O próprio paquiderme, sempre trombudo, passava ao largo e até protegia as suas crias, não fosse o grande felino dar-lhe a fome ou o mau feitio. O governo daquela área não existia, ou por outra, não se via mas estava lá. Cumpriam-se as leis ancestrais da natureza mas não se alteravam. Quando se alteram as leis consuetudinárias, acaba tudo no caos. Mas o bicho rei não andava satisfeito. Tinham passado por ali seres desconhecidos que se deslocavam rápida e ruidosamente em grandes velocidades.
Já tinha encontrado algumas carcaças de animais, base da sua alimentação, mortas não por outros felinos ou devido a lutas entre si. O animal suspeitava que os tais seres barulhentos tinham capacidades mortíferas que não entendia.
Algo estava a alterar as leis da região, algo mudava e não antevia nada de bom. Tinha acabado de comer um antílope que as fêmeas haviam caçado. Essas, depois de comerem e dado de comer às crias, tinham-se afastado com a prole até ao covil de abrigo. Ele, ali ficara comtemplando o seu reino, fazendo pacatamente a sua digestão e descansando. As nuvens, corriam agora um pouco mais depressa e escureciam. Um trovão longínquo anunciava as chuvas próximas. A época da abundância estava a chegar. Dentro em breve os pastos começavam a despontar verdes e tenros. A savana encher-se-ia de animais pastando e água estaria disponível por todo o lado. Já não seria preciso trotar grandes distâncias para obter alimento. Ele e a sua família sobreviveriam. Só aqueles seres esquisitos o punham nervoso. Vira e ouvira uma vez um grande estampido que saíra de um objecto que um desses seres manipulava. Um gnu caíra pesadamente sem que ninguém o tivesse atacado directamente. Que poder teriam aqueles seres? Tinham colocado o bicho morto em cima daquilo em que se deslocavam e desaparecido rapidamente deixando uma nuvem de pó. Um só objecto daqueles levantava mais pó do que uma manada de palancas em fuga. Tinha que investigar.
Levantou-se pesadamente e começou a andar. A tarde já ia longa e o sol já não queimava. Dirigiu-se para um local onde costumavam passar os tais seres montados nos outros seres barulhentos. Viu os riscos provocados por aqueles e resolveu segui-los. Com um pouco de sorte talvez visse algum e conseguisse observá-lo sem ser notado. O capim, bastante alto e ainda seco, tapava-lhe um pouco a visão mas o seu fino ouvido deu-lhe a conhecer que um dos estranhos objectos se aproximava. Estava a pensar sair dali quando aquilo apareceu. Como chegara tão depressa? Pararam à sua frente. O bicho não se intimidou. Deu um pequeno rugido e olhou estoicamente em frente. Um dos seres, branco e não preto, como muitos que já vira, saiu e colocou-se em pé muito direito, dando dois ou três passos em frente. Levantou a vara que trazia consigo e apontou-a na sua direcção. O seu instinto dizia-lhe que corria perigo mas não fugiu nem tremeu. Levantou a cabeça e soltou um tremendo rugido. O homem à sua frente nem pestanejou. Olharam-se durante alguns segundos que a ambos pareceram eternidades. O homem baixou a arma e continuou a olhar a fera nos olhos. O nosso Leão compreendeu então que dali não viria perigo. Deu mais um breve e menor rugido e voltou-se entrando no capim. Afinal, do outro lado também estava um rei. Ambos se respeitaram. As leis continuavam a ser cumpridas. Por quanto tempo?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

AMORES TROCADOS

(excerto de "Anselmo, Inspector de Polícia")


"
No apartamento das Amoreiras Manuela, acabada de chegar, notou que Gabriela tomava banho. A porta da casa de banho estava entreaberta e Manuela perguntou; “Patroa, precisa de alguma coisa?”
“Olha querida, já que aí estás chega-me o roupão aí de cima do banco.”
Manuela entrou. A sua patroa estava num banho de espuma. O seu corpo, semi-mergulhado, deixava antever uns belos seios ainda bem erectos. Uma das pernas estava mergulhada enquanto Gabriela passava a esponja na outra com movimentos suaves. Enquanto o fazia, olhava Manuela com um sorriso, e esta segurava o roupão esperando que a patroa se levantasse da banheira.
Quando se ergueu, Manuela observou, meio envergonhada, o esbelto corpo de mulher que tinha na sua frente. Alta e elegante como era, assim nua, parecia uma estátua de mármore com vida. Manuela reparou que Gabriela cuidava dos pelos púbicos cortando-os curtos e depilados, deixando apenas um pequeno triângulo de aspecto bastante erótico.
Manuela vestiu o roupão à sua patroa e afastou-se um pouco perturbada.
“Minha querida Manuela” disse Gabriela. “Não sei o que faria sem ti. Vai preparar-me o pequeno-almoço. Vou comer primeiro para depois me ajudares a vestir. Felizmente hoje é sábado e não tenho de ir ao escritório.”
Enquanto arranjava a mesa, a cabeça de Manuela fervilhava de pensamentos. Não sabia o que se passava com ela, aquela mulher obcecava-a. Bonita, rica, elegante, inteligente, arguta e muito erótica. Manuela achava que ela fazia de propósito para a provocar mas, o pior de tudo é que o conseguia. O seu marido já andava preocupado por ela andar um pouco arredada, não é que não gostasse dele, e até o sexo entre os dois era bom, alegre e gratificante, mas já por mais de uma vez dera com ela a pensar na patroa no lugar do marido. Será que o que sentia era amor? Será que aquilo era certo? Não seria apenas uma divagação de sonhos eróticos? E o Miranda? Passavam tanto tempo a falarem no escritório. Seriam só negócios? Será que o que sentia eram ciúmes?
Estava nestas divagações e quase não pressentiu que a patroa se aproximara, ainda de roupão mas já de cara arranjada e penteada.
“Pago para saber os teus pensamentos. Estavas tão distraída que nem deste por mim a entrar”
Gabriela sentou-se à mesa e pediu à sua empregada que lhe servisse o café. Quando a moça se aproximou com a cafeteira, Gabriela rodeou-lhe a cintura com um braço.
“Descontrai-te minha querida. Estamos aqui só as duas e tu já fazes parte da família. Não sei porque estás tão rígida. Eu não mordo.”
Manuela, numa posição superior, olhava os seios da bela mulher através do roupão semi-aberto. Teve que se afastar e, para largar aquela visão, saiu a caminho da cozinha.
Passado um pouco ouviu a patroa lá de dentro. “Manuela! Vem ajudar-me a vestir.”
A rapariga entrou no quarto. A patroa estava em pé junto à cama. “ Dá-me os “collants” que estão aí na primeira gaveta da cómoda.”
Quando Manuela se aproximou, Gabriela deixou cair o roupão ficando totalmente nua à sua frente. Abraçou a moça e beijou-a ternamente no pescoço. Manuela nem se mexia, mas um frémito percorreu todo o seu corpo. Sentiu que os lábios de Gabriela procuravam os seus e entreabriu a boca recebendo entre os lábios uma língua húmida que procurava avidamente a sua. Gabriela empurrou-a ternamente e caíram as duas na cama. As mãos de Gabriela entraram pela bata da rapariga percorrendo-lhe os seios e barriga explorando por debaixo das cuecas. Pouco depois Manuela estava totalmente nua e as suas pernas enrolavam-se às de Gabriela. A partir dali as duas mulheres entregaram-se a jogos eróticos que lhes foram provocando orgasmos sucessivos. Uma hora depois deixaram-se ficar, totalmente exaustas, estendidas na cama.
Manuela pensava; “amo esta mulher, não há dúvida de que a amo. E agora, como vai ser a partir daqui?”
...