quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A VIDA


(“Poema de pé quebrado” de má rima e pior métrica)

A vida quando vivida
Com gosto, com harmonia
Com fazer e desfazer
Com amor, com valentia
Sem medo e sem destino
Sem vendas e sem temor
Sem nenhum manto divino
Sem donos e sem senhor
Dá-nos descanso tamanho
Dá-nos tremendo vigor
Para aceitar o calor
Da força da natureza
Que em toda sua beleza
Nos conduz, com a certeza
De um belo fim sem temor.
Pena que é que o vil metal,
“Satanás” que o inventou
Pra atazanar nossa vida,
Nos cause tremendo mal
E nos faça em desatino
Alterar nosso destino
E provoque uma corrida
Sem retorno, contra o vento,
Para ganhar o sustento
Para conseguir comida
Para encontrar alento
De dar guarida e sustento
Àqueles que nos são queridos
E sem os quais não vivemos
Pois com eles, nós sabemos,
Que os queremos ao pé de nós
Prá vida ser bem vivida
Sem nos dar um fim atroz.
Bom seria atrás voltar
E nas cavernas viver,
Andar no mato e caçar
Todo o alimento preciso
E viver no paraíso
Sem um senhor a mandar
Que nos tolha a consciência,
Nos obrigue a trabalhar
E nos provoque a demência
Da riqueza procurar.

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