Os homens, mesmo sem o admitirem, quando se cruzam nus ou
até nas casas de banho públicas, têm sempre tendência em dar uma mirada para as
áreas que normalmente não andam à mostra. Deve vir talvez da antiguidade esta
tendência de olhar o armamento do outro, pois poderia tornar-se um contendor e
poderem vir a terçar armas. Estas miradas são normalmente rápidas e disfarçadas
não vá o outro, ou os outros, tomarem isso como qualquer forma de apreciação
menos máscula. O certo é que, mesmo que o neguem, a maioria o faz.
Eu, talvez por educação familiar e também por ter estudado
num internato, os Pupilos do Exército, sempre lidei muito bem com a nudez. Em
minha casa a nudez não era problema. Não eramos praticantes de nudismo nem nos
passeávamos nus pela casa fora, mas se por acaso acontecia cruzarmo-nos em
pelo, não tínhamos qualquer problema com isso. No Pilão, claro está, salvo
raras excepções, eu não conheci nenhuma, também ninguém era pudico a ponto de
não se despir perante os outros. Na piscina, onde nado quase todos os dias,
aparece de tudo. Desde aqueles que já vêm de casa com o fato de banho vestido e
que tomam duche com ele, até aos que quase se escondem para trocar a cueca pelo
calção de banho e também os completamente despudorados que se passeiam
mostrando e alardeando todos os atributos. O certo é que quase todos dão as
tais miradas talvez para fazerem comparações de “armamento”. Umas vezes ficarão
basto satisfeitos outras tristes. Comparações para quê? Sempre se disse que os
homens não se medem aos palmos e muito menos a centímetros. Aliás os
centímetros não têm qualquer influência, pois o que é preciso é que os ditos
centímetros, sejam alegres, brincalhões, eficazes e muito cumpridores como
dizia o espanhol. A propósito, lembro sempre aquela anedota do tipo que vai “às
sortes” e na Inspecção não se quer despir porque tem vergonha. O médico
presidente da junta, chama o alferes médico dizendo-lhe:
“ Você, que é quase da idade daquela mancebo, vá lá falar
com ele e diga-lhe que tem de se despir, pois se não o fizer é dado como
refratário e vai ter problemas” O jovem médico vai lá e pergunta-lhe:
“Então pá despe-te lá, não tenhas vergonha, somos todos
homens, não há razão para tal.”
O rapaz lá acaba convencido e despe-se. O médico olha para
ele e diz:
“Coitado. tens razão. Não tens “pilinha”. Responde o moço:
Não, não Senhor Dr. Está enganado. Eu não tenho é a perna
esquerda”.
Ora aqui está um, que bem gostaria de trocar aquele “mastro”
do tamanho de uma perna, por uma perna verdadeira e um artefacto mais maneiroso
mesmo de poucos centímetros.
Acho pois que a nudez não deve ser problema. Não me lembro
de ter nascido vestido e hão-de me despir para me lavarem quando for para a cremação.
Aliás o Adão e a Eva andavam nus e não se importavam nada com isso até darem a dentada
no tal fruto proibido, não sei porquê, a maçã até é um bom fruto e faz muito
bem, e só depois tiveram vergonha, também não sei de quê, porque se andavam
antes porque não depois.
A educação judaico-cristã foi a culpada da associação da
nudez ao sexo, considerando este pecado, também não sei porquê quando o sexo é
uma coisa tão boa, tão salutar e natural. E assim nascem os costumes bem
estúpidos, como por exemplo em certas comunidades dos Estados Unidos, onde a
maioria dos pais, a partir de certa idade, já não beijam nem abraçam os filhos,
por os contactos poderem vir a ser tomados como possíveis atitudes de cariz
sexual. Nada mais ridículo que ver um pai a apertar a mão a um filho. Não há
pachorra para tanta estupidez. Eu até curto muito a nudez, principalmente a
feminina quando os corpos são esculturais. Devia era ter ido para escultor. Não
há mesmo pachorra…
Gostei!|... Um texto nu e cru... mas também salutar, como a nudez...
ResponderEliminarernani balsa