domingo, 21 de janeiro de 2018

A historicidade de Jesus


Ao longo dos tempos, a Igreja, dita católica apostólica romana, tem feito esforços para tentar meter Jesus, o Cristo, na História e, para isso, tem cometido as maiores patifarias. E digo patifarias porque o são mesmo. Temos os montes de “relíquias” do santo lenho e, são tantas, que se juntassem todas, teríamos pelo menos uma pequena floresta desbastada para as produzir. Aparece depois o sudário de Turim, que ainda lá está e continua a ser venerado mesmo depois de já ter sido mais que publicado o desmentido da sua veracidade, pois submetido ao teste do Carbono 14, se provou ter sido “construído” por volta de 1530. Há também miríades de bocados da túnica, que já davam para fazer uma camisaria. Temos depois aquilo que os cristãos consideram a maior prova histórica de Jesus, Flávio Josefo. Este historiador judeu, nasceu à volta de 5 anos após a morte de Cristo. Um amigo teve a amabilidade de me enviar um pdf com a história judaica de Flávio Josefo. Comecei a ler cheio de coragem, mas rapidamente comecei a ler “atravessado” pois que no início, Josefo se limita praticamente a transcrever a bíblia dos vários livros do Pentateuco, o que para mim foi uma má surpresa. Pensava Josefo um historiador autêntico e não um copista de textos “sagrados”, mas… enfim.
Levei um tempão até chegar a Herodes. A partir daqui comecei a ler totalmente, pois queria chegar rapidamente ao seu filho Herodes Antipas, que não foi rei, mas apenas tetrarca. Fala-se na sua mulher Herodíade viúva de seu irmão, mas nem uma linha sobre Salomé e a decapitação de João Baptista, ou então eu estou zarolho de todo. Também não fala na “morte dos inocentes” ordenada ainda por Herodes O Grande. Mas, eureka! Aparece isto:
“772. Nesse mesmo tempo, apareceu JESUS, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muito judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o CRISTO. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo também que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome.”
Continuei a ler e, para meu espanto, mais nada aparece. E agora eu pergunto: Só isto? Não mereceu mais?
Entretanto fiz umas pesquisas no Google e encontrei isto:

Cristo nasceu entre os anos 7 e 4 a.C., mas muitos negam a sua existência histórica, até porque Flávio Josefo, o único historiador antigo que teria se referido a ele, nasceu aproximadamente 5 anos após a sua morte e os escritos do Novo Testamento, na maioria, não decorrem de discípulos, mas de apóstolos. Ademais, as poucas linhas do livro de Flávio Josefo (Guerras Judaicas) que se referem a Cristo foram, comprovadamente, alteradas/enxertadas por líderes religiosos da Idade Média.[2]
Pois, comprovadamente.  O texto foi submetido a testes científicos e foi mesmo comprovado. Mais uma aldrabice da ICAR.

Agora, meus amigos, podem dizer: “Deixem pra lá. Fala um ateu”. Só que este ateu procura verdades. Neste caso não as encontro. Paciência.

2 comentários:

  1. Pois é, meu amigo,cá estou, não tantas vezes quanto gostava, mas as maleitas não me dão, infelizmente, tranquilidade suficiente para comentar as suas indiscutíveis ilações! Já sei que dirão, aqui está outro ateu aproveitando a oportunidade de juntar-se ao clube dos não crentes! Têm razão, só que, tal como se depreende do seu texto, nós investigamos e procuramos provas, infelizmente sem resultados positivos mínimos, outros, á falta de argumentos, atiram-nos, sempre, com a "FÉ", coisa que, realmente, nunca consegui saber o que é! Parabéns, meu amigo, pela sua isenção na investigação que faz e pela bela descrição dos factos investigados; É mais que evidente que estamos perante embustes cuja finalidade nunca foi o bem da humanidade, bem pelo contrário! Grande abraço.

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  2. Obrigado Amigo pelas suas boas palavras. Já tinha "prometido" não voltar mais ao assunto, mas puxam por mim e... lá terá de ser. Abração e as suas melhoras. Quando se sentir mais em forma gostava de o visitar.

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