terça-feira, 18 de setembro de 2012

TEMOS DE MUDAR ESTE ESTADO DE COISAS

Já há muito que me apercebi da ineficácia da “democracia” que instituímos, mas ontem, depois de assistir aos “olhos nos olhos” da TVI24, ouvindo Medina Carreira e Paulo Morais, pergunto:
Em quem confiar?
Não na AR, não no PR que nada resolve, não nos partidos que até aqui nos governaram, não nas CM ou qualquer outra autarquia. Tudo isto está totalmente corrompido.
Restavam-nos os partidos de esquerda, PCP e BE. Este último fala bem mas não tem soluções e o PCP seria o único com capacidade governativa mas, a ideologia está estafada e descredibilizada e nada nos garante que, ao tomar o poder, não torne isto numa ditadura.
As sociedades de advogados tomaram conta das leis, a maioria dos deputados trabalha para garantirem o seu próprio futuro, a perpetuação no poder dos seus partidos e os três partidos maioritários guerreiam-se quando na oposição mas portam-se de igual forma quando poder.
Estamos, portanto, num beco sem saída. E o povão que se lixe e pague a crise que estes marmanjos vêm construindo desde há 38 anos.
Que fazer?
As FA estão de mãos atadas. Hoje culpadas por todos, como bode expiatório de um 25A que fizeram mas não souberam segurar e instituir como garante de uma governação do povo e para o povo. Espoliadas e castradas pelos vários poderes, estão hoje transformadas numa instituição pobre, de emprego para jovens que não o conseguem noutras actividades. As FA já não são o povo em armas, isso acabou com o SMO. Hoje seria difícil um movimento de capitães, levar soldados ao combate pela mudança. E depois? Se corre mal quem lhes paga?
E agora?
Parece-me, que agora só o povo poderá mudar tudo isto. Já começou com a manifestação de 15 Set passado. Mas não chega. O povo tem que exigir a alteração da constituição. Com esta não vamos a lado nenhum. Mesmo com um novo governo desta maioria, se o PR o decidir, não chegaremos lá. Tudo ficará na mesma. Teremos de eleger um Presidente responsável perante o povo, que indigite um governo da sua responsabilidade e que governe segundo o programa que apresentou ao povo na sua campanha eleitoral e dele não se desvie. Se tiver de haver desvios, terão de ser referendados. Quem elege terá também a responsabilidade de demitir caso a governação fuja do que ficará programado. Claro que isso não pode ser resolvido na rua. O povo terá de ter voz em órgãos especiais a criar que poderão partir das autarquias e assembleias municipais. Democracia é a participação do povo. Até agora a única coisa em que participamos é a colocação dum papelucho no caixote.
Haja gente honesta que construa esta democracia. Temos muito boa gente capaz de trabalhar honestamente numa mudança destas. Coragem? Será precisa muita, mas se não a encontrarem dentro das vossas vontades, não passarão de escravos.

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