Parece que o B16 e F1 não vão ver juntos a final Alemanha/Argentina.
O F1 confessou que o B16 não era grande fã e que seria quase pecado obrigá-lo a
um esforço demasiado. Mas julgo que o motivo não foi bem esse. Parece que
nenhum deles quer invocar Deus para que lhes conceda a benesse de uma vitória.
Aliás, era maldade que não se fazia, colocar Deus perante tal dilema. Ainda se
fosse com a Argélia ou com a Costa do Marfim, sempre era Alá vs Javé ou Jeová
como preferirem. Aí sim, já não havia grande problema. Parece pois que o F1 vai
ver o jogo sozinho e já pode pedir ajuda ao seu Deus. Aliás, católicos contra luteranos
já pode ser, pelo menos ao longo da história muito confronto houve e
infelizmente ainda há. Assim o nosso F1 está à vontade e nem se lembra dos
outros confrontos que no momento se estão a dar. Acho que os F18 dos de Jeová
se confrontam com os mísseis dos do Alá lá para as bandas da Palestina. Pois!
Quem não vai ver o jogo devem ser as criancinhas
palestinianas que, coitadas, já nem electricidade devem ter e nem podem colocar
as cabeças de fora. Os judeus, esses sim, vão ver e, penso eu, devem todos
pugnar pela a Argentina, pois a visão do holocausto ainda está muito próxima.
Enfim, grandes confrontos à vista, pena que nem todos sejam só com bolas. Os
judeus estão seguros porque o sistema de defesa antimíssil está com uma
eficácia de 99,9%, até aqui só um passou. Do outro lado é que é a gaita, não há
sistema que os guarde.
Pois é meus amigos, esperemos que os nossos Papas (agora há
dois) apliquem toda a sua fé para desejar que o mundo se deixe de gladiar
infelizmente, muitas vezes, devido a diferenças de crença religiosa. Para
quando ficarmos todos ateus? Não seria melhor?
Pois é, amigo. Li o teu comentário ?B16 versus F1? onde abordas humoristicamente um problema sério. Gostei do estilo e, então, a parte final deixou-me longo tempo a meditar. Afinal porque não seremos todos incréus (desculpa, prefiro este termo)? Acabava-se com Deus e, pronto, não haveria mais discussões teológicas, embora com verdadeiro prejuízo para quem aproveita todas as ocasiões para negar a sua existência. Apesar disso, valia bem o sacrifício. Assim, já havia oportunidade para endeusar qualquer outro assunto, sei lá, talvez os partidos políticos, porque não? Nessa altura, à falta de canonizações, a assembleia soberana determinaria que passariam a existir o São Coelho, o São Tó Zé (ou Costa, nunca se sabe), o São Jerónimo e a Santa Ana Drago. Com essas divindades, já os incréus podiam mudar de crença, com todo o à vontade, como o São Pacheco ou o São Durão, ou então, glória das glórias, tornar-se um ateu convicto e proclamar que não existem partidos, se acaso o tribunal não o considerar inconstitucional.
ResponderEliminarUm abraço
Tiago
Amigão
EliminarAqui fica a minha resposta nos versos do John Lennon
Abraço
Imagine
Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...
Imagine there's no countries,
It isn't hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...
Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I'm a dreamer,
but I’m not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one
Imagine
Imaginem que não há paraíso,
É fácil se tentarem.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Sobre nós apenas o céu.
Imaginem todas as pessoas
Vivendo pelo hoje...
Imaginem que não existiam países,
Não é difícil de o fazer,
Nada porque matar ou morrer,
Nenhuma religião também.
Imaginem todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...
Imaginem nenhuma propriedade,
Eu maravilho-me se conseguirem.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imaginem todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Podem dizer que sou sonhador,
Mas eu não sou o único.
Eu espero que algum dia se juntem a nós,
E o mundo viverá como um só.
Em tempo: Adiciono aqui um soneto que acompanhou o comentário anterior e que por lapso não foi editado:
ResponderEliminar" Resposta do poeta António Barroso (Tiago)
O viajante
Comendo o pó da estrada, manto branco
Bem pouco lhe encobrindo o sol a pino,
Parou ouvindo um cego, em largo pranto,
Clamar da escuridão do seu destino.
Pondo-lhe a mão na testa, por encanto,
Como se ela afagasse um bom menino,
Somente disse: - Vê! ? Perante o espanto,
Ergue-se o cego e fita o peregrino.
E grita, bem do fundo da sua alma:
- Quem és tu que sorris com tanto amor?
- Quem és que, ao tocares, fazes a luz?
Sorrindo, respondeu, com doce calma:
- Sou apenas aquele que afasta a dor.
Pequeno é o meu nome: - Eu sou Jesus!
António Barroso (Tiago)"