Porque não massada?
Segundo as escrituras, não sei se
nas velhas se também nas novas, um dos seguidores de Cristo era Simão o Zelota
ou Cananeu. Parece que zelota em aramaico quer dizer zeloso e cananeu o mesmo, o
que me deixa muitas dúvidas porque cananeu deriva de canaã e esta era a região
de todos os israelitas. Ora os Zelotas, segundo essa mitologia, eram uma tribo judaica
que nunca se deixou colonizar totalmente pelos Romanos. Eram assim uma espécie
de armoricanos, ou seja, habitantes de Armórica, aldeia gaulesa, onde viveram
Asterix e Obelix, que também nunca se deixou colonizar. Os zelotas eram uma
tribo guerreira, basta ler o Novo Testamento e ver que Simão, quando o mestre
foi detido pelos romanos, puxou da espada e cortou uma orelha de um dos
soldados que, segundo as mesmas escrituras, Jesus logo colou com cuspo. Enquanto
os outros se deixaram ficar pacificamente, o zelota, fazendo jus à sua fama,
entrou logo a matar. Só que já andava “naquilo” há muito tempo e devia estar
destreinado, em vez de trespassar o tipo no coração logo foi serrar-lhe uma
orelha. Claro! Foi mais fácil, um coração não se cola assim com cuspo. Uma
orelha sempre deu mais jeito. Parece que foi daí que ficou esta nossa mania de
colar tudo com cuspo tal como estou a fazer com esta “história” e ainda fazemos
com os selos. Bem, os zelotas eram lixados e os romanos já andavam fartos deles
pois parece que lhes faziam uma guerra subversiva e, com umas sortidas e
emboscadas estavam sempre a enviar uns quantos romanos para o inferno. Ora os
zelotas aproveitaram um forte que Herodes tinha mandado construir no planalto de
Massada e, foram com armas, bagagens e família, para aquela fortificação, onde
as legiões romanas não chegavam devido ao acidentado do terreno cujas escarpas
eram intransponíveis. Era daí que, de vez em quando, saíam em surtidas rápidas
e infligiam aos romanos bastantes baixas. Mas os romanos tinham muitos
argumentos e um deles era a engenharia militar. Um dos seus generais chamado
Flávio Silva, talvez de família Lusa, resolveu sitiar Massada e começou a
construir uma rampa, pelo lado oeste o mais acessível, bastante sinuosa é
certo, mas que acabaria por permitir a aproximação às muralhas da fortificação.
Os Zelotas, já debilitados pela falta de alimentos, devido ao cerco, e ao verem
que as hostes romanas se iam aproximando, tomaram uma atitude radical,
matando-se uns aos outros e suicidando-se os que restaram. Foi uma massada, ou
seja uma maçada pela grafia que então adoptámos. Este episódio, ao contrário do
da orelha, é histórico, dado que o historiador judeu da época, Flávio Josefo, o
descreveu e foi posteriormente confirmado pela arqueologia. Desde aí, quando algo
corre mal, dá para o torto ou tudo fica lixado, dizemos: “Que maçada!”
Não sei porque mudaram os dois ss
para cê cedilhado, deve ter sido algum acordo, ou então é para não se confundir
com massa de comer. Pobres Zelotas. Bem se lixaram. Que “Massada”!.
Os zelotas
ResponderEliminarEsta história tem sumo, tem moral,
Podia até passar-se em nossos dias,
Com o povo que vive em Portugal,
Metido num redil – tripas vazias...
Tadinhos dos zelotas, p’ra seu mal,
Vivendo com tantas fantasias,
Travaram uma luta desigual,
Como essa de David com Golias.
Coitados, nem puderam descançar
No forte onde se foram abrigar,
De vez em quando, com uma emboscada.
Mas eu sou contra aquela solução,
Se fosse hoje, eu diria sempre não.
Cortar o meu pescoço?...Que maçada!...
Fortaleza de Massada
ResponderEliminarP'los Romanos isolada
Zelotas sem comer
Seu destino é morrer
Desculpem esta Massada
EliminarFoi no correr da pena
Devia ter escrito Maçada
Tudo isto mete pena