Ontem 6ª feira fui o cinema ver A
Baleia e dei o meu tempo por bem empregado. Uma excelente interpretação num
filme que no fim é quase uma peça de teatro. Todo centrado dentro de um
apartamento, Brendon Fraser, dirigido por Darren Aronofsky, apresenta-nos um caso de obesidade
mórbida causada por traumas da vida.
Um professor de literatura,
casado, com uma filha, deixa o lar quando a miúda tem 8 anos por uma paixão
louca por um seu aluno. Completamente apaixonado passa a viver essa paixão
deixando par trás tudo e todos, só que o rapaz e seu amante morre, dá-se a
entender que se suicida, e com o desgosto o nosso protagonista entrega-se à
comida e engorda até aos 270 kg que o tornam num ser quase vegetal não
conseguindo locomover-se mais do que cama cadeira/cadeira cama. Ajudado por uma
enfermeira, curiosamente filha adoptiva dos pais do seu amante falecido, que se
nos mostra como a única pessoa que tem por ele uma relação Amor/amizade. Muito
arrependido de ter abandonado a filha, pede à ex-mulher que a mesma venha
visitá-lo. A rapariga aparece completamente contra o pai, raiando as fronteiras
da maldade, que o confronta com o facto de ele ter abandonado a família por o
amor de um homem. Temos também um rapaz que bate à porta, daqueles tipo
vendedor de Deus que acaba por se confessar já estar fora da sua igreja, mas
que continua querer ser salvador de almas conturbadas. Perto do fim, que não
vou revelar, aparece também a sua ex-mulher com as suas acusações acusando a
filha de muita maldade e acusando a nossa “baleia” de querer ver o lado bom da
rapariga.
Estávamos habituados a ver
Brendon Fraser em filmes de acção, veja-se a série da “Múmia” e aparece-nos
agora como um ser disforme, numa caracterização fenomenal que também merecia um
óscar. Filme pesado, de partir um pouco a cabeça, mas que merece ser visto.
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