Farto da cinematografia
norte-americana resolvi ir ver um dos filmes franceses que estão no cartaz.
Escolhi este, mais pela indicação da menina da bilheteira do que por aquilo que
li da crítica.
É uma realização de Stéphane
Brizé, até aqui para mim desconhecido. Uma história banal de encontros e
desencontros amorosos contada com alguma ironia e também um pouco de humor
escondido, mas de forma tão lenta que chega a ser quase insuportável. As cenas
são demasiado prolongadas e, pelo menos para mim, bastante desgastantes.
Um actor de cinema na ordem dos
cinquenta anos, já com alguns êxitos que o tornam bastante conhecido, é
convidado para interpretar uma peça de teatro. Quando tudo já está preparado
para começarem os ensaios, o nosso personagem, contra tudo e todos, abandona o
projecto e resolve ir para uma vila no Oeste de França, junto ao mar, relaxar
num SPA durante duas semanas. Vai telefonando à mulher, que sendo profissional
de TV não o acompanhou e se mostra bastante desligada, não achando bem o que
ele fez, mas também não o criticando em demasia.
O nosso protagonista descobre que
naquela vila reside uma antiga namorada que não vê há cerca de quinze anos
Telefona-lhe e ela acede a encontrarem-se. Aqui começa o problema, pois
descobrem que ainda se amam apesar de ela estar casada com um médico e ter uma
filha adolescente. E é isto, contado muito lentamente sem grandes alterações
emocionais apesar de no íntimo dela haver uma certa mágoa por ter sido
abandonada. Voltam a dar umas quecas e acaba em separação de novo desta vez
consentida pelos dois. Tudo muito lento e cenas prolongadas em demasia. Volta
Manuel de Oliveira. Estás perdoado…
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