sexta-feira, 1 de junho de 2012

AMORES TROCADOS

(excerto de "Anselmo, Inspector de Polícia")


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No apartamento das Amoreiras Manuela, acabada de chegar, notou que Gabriela tomava banho. A porta da casa de banho estava entreaberta e Manuela perguntou; “Patroa, precisa de alguma coisa?”
“Olha querida, já que aí estás chega-me o roupão aí de cima do banco.”
Manuela entrou. A sua patroa estava num banho de espuma. O seu corpo, semi-mergulhado, deixava antever uns belos seios ainda bem erectos. Uma das pernas estava mergulhada enquanto Gabriela passava a esponja na outra com movimentos suaves. Enquanto o fazia, olhava Manuela com um sorriso, e esta segurava o roupão esperando que a patroa se levantasse da banheira.
Quando se ergueu, Manuela observou, meio envergonhada, o esbelto corpo de mulher que tinha na sua frente. Alta e elegante como era, assim nua, parecia uma estátua de mármore com vida. Manuela reparou que Gabriela cuidava dos pelos púbicos cortando-os curtos e depilados, deixando apenas um pequeno triângulo de aspecto bastante erótico.
Manuela vestiu o roupão à sua patroa e afastou-se um pouco perturbada.
“Minha querida Manuela” disse Gabriela. “Não sei o que faria sem ti. Vai preparar-me o pequeno-almoço. Vou comer primeiro para depois me ajudares a vestir. Felizmente hoje é sábado e não tenho de ir ao escritório.”
Enquanto arranjava a mesa, a cabeça de Manuela fervilhava de pensamentos. Não sabia o que se passava com ela, aquela mulher obcecava-a. Bonita, rica, elegante, inteligente, arguta e muito erótica. Manuela achava que ela fazia de propósito para a provocar mas, o pior de tudo é que o conseguia. O seu marido já andava preocupado por ela andar um pouco arredada, não é que não gostasse dele, e até o sexo entre os dois era bom, alegre e gratificante, mas já por mais de uma vez dera com ela a pensar na patroa no lugar do marido. Será que o que sentia era amor? Será que aquilo era certo? Não seria apenas uma divagação de sonhos eróticos? E o Miranda? Passavam tanto tempo a falarem no escritório. Seriam só negócios? Será que o que sentia eram ciúmes?
Estava nestas divagações e quase não pressentiu que a patroa se aproximara, ainda de roupão mas já de cara arranjada e penteada.
“Pago para saber os teus pensamentos. Estavas tão distraída que nem deste por mim a entrar”
Gabriela sentou-se à mesa e pediu à sua empregada que lhe servisse o café. Quando a moça se aproximou com a cafeteira, Gabriela rodeou-lhe a cintura com um braço.
“Descontrai-te minha querida. Estamos aqui só as duas e tu já fazes parte da família. Não sei porque estás tão rígida. Eu não mordo.”
Manuela, numa posição superior, olhava os seios da bela mulher através do roupão semi-aberto. Teve que se afastar e, para largar aquela visão, saiu a caminho da cozinha.
Passado um pouco ouviu a patroa lá de dentro. “Manuela! Vem ajudar-me a vestir.”
A rapariga entrou no quarto. A patroa estava em pé junto à cama. “ Dá-me os “collants” que estão aí na primeira gaveta da cómoda.”
Quando Manuela se aproximou, Gabriela deixou cair o roupão ficando totalmente nua à sua frente. Abraçou a moça e beijou-a ternamente no pescoço. Manuela nem se mexia, mas um frémito percorreu todo o seu corpo. Sentiu que os lábios de Gabriela procuravam os seus e entreabriu a boca recebendo entre os lábios uma língua húmida que procurava avidamente a sua. Gabriela empurrou-a ternamente e caíram as duas na cama. As mãos de Gabriela entraram pela bata da rapariga percorrendo-lhe os seios e barriga explorando por debaixo das cuecas. Pouco depois Manuela estava totalmente nua e as suas pernas enrolavam-se às de Gabriela. A partir dali as duas mulheres entregaram-se a jogos eróticos que lhes foram provocando orgasmos sucessivos. Uma hora depois deixaram-se ficar, totalmente exaustas, estendidas na cama.
Manuela pensava; “amo esta mulher, não há dúvida de que a amo. E agora, como vai ser a partir daqui?”
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