sábado, 10 de outubro de 2020


Pã, sentado na rocha, olhava as suas patas de bode. De que lhe servia ser um deus se toda a gente fugia dele em “pânico”. Ele que adorava os bosques e os animais. Como ele gostava de disfrutar de uma boa sesta após a refeição. Todas as tardes dormia refastelado e ai de quem o acordasse. Aí é que ele ficava furioso. Muito mais tarde um tipo aproveitou-se disso e até fez uma “musiquinha” sobre o assunto. Parece que se chamava Debussy (1). Mas Pã culpava o seu pai, que ele não sabia bem quem era. Uns diziam ser filho de Zeus e de uma cabra, outros que seria filho de Hermes. Parece impossível, filho de uma cabra. Mais tarde seria crime de zoofilia. Pobre da cabra Amalteia, ser vítima daquele sátiro. Bem, isso ele perdoava porque também era assim, não podia ver fêmea que logo o seu falo se erguia com fúria. Mas a sua preferida foi a náiade (ninfa dos rios) Sínrinx. Pena que se tivesse amedrontado e, para lhe fugir, se tenha transformado em caniços aquáticos. Não a teve, mas dos seus caniços construiu uma flauta com bocados de tamanhos vários. Chamou-lhe siringe. Mais tarde chamaram-lhe flauta de Pã. O seu som era tão mavioso que encantava todos os habitantes dos bosques. Uma das suas apaixonadas foi Selene. Tão redondinha., tão luminosa. Poderiam ter tido muitos selenitas juntos, mas Pã não era deus para se prender. O seu aspecto animalesco afastava os curiosos e assustava os habitantes dos bosques e os humanos, mais tarde, mudaram-lhe o nome. Os romanos chamaram-lhe Silvano e Fauno. Devido à sua figura, os cristãos, associaram-no ao Diabo. Andou pelos bosques ajudando agricultores e caçadores. Acabou castigado pelos deuses e colocado no universo como constelação, Capricórnio, ficando a fazer parte dos signos de Zodíaco

 

 

(1)    - https://www.youtube.com/watch?v=Y9iDOt2WbjY

 

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