segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O COVID

 


Pois. Esse bicho ranhoso e peganhoso, com cara de extraterrestre com cornetas nos cornos, esse miasma peçonhento que mata que se farta, principalmente velhos. E continuo a dizer, pois! Se me apanha lá vou para o bé-lé-léu, mais a mais com a pneumonia que tive vai para 13 anos. Estávamos em 2007, era o último dia de caça e tínhamos marcado a reunião de prestação de contas e eu era o tesoureiro. Estava constipado, a mulher idem e a sogra também. Claro que não deixei de ir mesmo com uma tosse de cão e a espirrar de 5 em 5 minutos. Esta mania do espírito de missão. Cacei a manhã toda, estava uma ventania do caraças. Após almoço fizemos a nossa reunião e eu apresentei contas. Tínhamos uma máquina de lançar pratos e alguém sugeriu que fizéssemos um torneio. Com tossidela daqui e espirro dali ainda ganhei o torneio a 15 pratos. Fui o único a partir 10. No fim do torneio a tosse era cavernosa. No dia seguinte tive de mandar a minha sogra para o hospital e eu fui à consulta urgente. Mandaram-me para casa com montes de comprimidos e xaropes. Entretanto a minha Sogra faleceu. No dia do velório uma médica amiga ao ver a minha tosse diz-me que me quer ver no dia seguinte no Pulido Valente onde prestava serviço. Já não saí de lá. Foram 10 dias para me restabelecer. Nem fui ao funeral. E agora? Se este Covid me pega…

Pois. Lá estou eu com o pois. Pois é. Houve uma suspeita de contágio e eu “corro” para o hospital. A mulher dá positivo e eu negativo. Grande caca. Divido a casa ao meio, vou dormir para o maple… pois sim, no dia seguinte começo com febre e no outro dia volto ao hospital. Ora toma; Positivo. E agora? Benuron, Brufene e nada mais. Digo-vos: Tive constipações mais chatas. Ao fim de 10 dias não tinha sintomas, ao fim de 14 estava com alta. Isto é que era o Covid? Afinal mata velhos, mas não todos. Estou convencido que só indivíduos diminuídos fisicamente ou com outras doenças, são apanhados pela foice covídica.

Ouvindo as notícias parece que 96% dos “agarrados” são tratados em casa apenas pelo tempo. Dos outros 4% que são hospitalizados só 0,5% vai para os cuidados intensivos.

E pronto, lá mandámos o Covid ás couves e o gajo nem quis saber se eu já tinha sido ou não um pneumónico. A grande chatice é que isto é altamente contagiante e o pessoal tem que entrar em confinamento e não trabalha, o que pode fazer parar um país. Agora vou sossegadamente esperar por uma vacina e, se vier o tal remédio do Trampas, vamos todos tomá-lo que o rapaz precisa de reactivar a economia. Cuidem-se.

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