Ontem, sábado, fomos ao cinema. Como sempre procurei algo através da Net e não me entusiasmei por nenhum. Fomos relativamente cedo ao Corte Inglés e procurámos na bilheteira um filme com algum interesse do Público. O mais visto era o Elvis, claro que não me agradou. Havia um de polícias e ladrões com o Liam Neeson, também não me cheirou. Indicaram-me Operação Secreta, um filme com base numa história real da 2ª guerra mundial com o conhecido actor inglês Colin Firth. Optei por este. Era só às 22H10, um pouco tarde, mas acabava à meia noite e meia hora e ainda dava tempo para ir até ao Procópio beber uma bjeca e comer uma sandes de “foigras” com pikles. Andámos pelo supermercado e ainda comemos um rissol de camarão com uma mini.
O filme era interessante, um
pouco lento na primeira parte, mas foi ganhando interesse ao longo da história.
Em 1943 os alemães ocupavam quase toda a Europa, e estava previsto um ataque
dos aliados através da Cecília. O problema é que a ilha estava guarnecida de
muitas tropas alemães, precisamente por ser esperado um ataque aliado pela costa
sul. O objectivo era tomar a ilha, daí passar à Itália e correr com os alemães
tratando depois de retirar os italianos do Eixo. Foi pois encarregado o Serviço
Secreto Britânico de criar uma falsa notícia de que os aliados iriam atacar
pela Grécia. Foram encarregados dois oficiais, um da marinha outro da Força
Aérea de engendrar o plano. Estes foram coadjuvados pelo jovem oficial Ian
Fleming, escritor de romances de espionagem (007). O plano aprovado foi de
lançarem um cadáver de um aviador abatido no Atlântico junto à costa Espanhola
de Huelva, não só por ser um país neutral, como também, por ser um local de grande
concentração de espiões de vários países. Tratou-se, pois, de encontrar um
corpo, criar um oficial piloto fictício, forjar documentos falsos, mas
principalmente dar vida a tal personagem. As formas encontradas foram cheias de
peripécias e aí foram ajudados por uma jovem trabalhadora do almirantado e
criar-lhe, através de uma fotografia, vida como noiva do tal major. O chefe de
equipa, Colin Firth, tinha enviado a sua mulher e filhos para os USA com receio
de, no caso de uma invasão por Hitler do Reino Unido, uma família com
ascendentes judaicos, seria de certeza aniquilada. Durante a criação da
operação nasceu entre ele e a tal moça um encantamento que, felizmente conseguiram
controlar. Entretanto o irmão do oficial britânico era comunista, o que fez com
que o companheiro e amigo fosse aliciado, pelo alto comando, a espiá-lo, o que
fez com relutância.
Arranjado o cadáver, encontrado
um sósia a que tiraram fotos para os documentos. Escritas cartas pessoais da
família e da noiva, criados os documentos metidos numa pasta confidencial, lá
largaram o cadáver de um submarino, pois larga-lo de avião certamente danificaria
o corpo. Um espião duplo inglês, que os alemães julgavam espiar para eles em
Espanha, encarregou-se de evitar a autópsia e de fazer com que os documentos chegassem
aos alemães e a Hitler. A espera dos resultados foi angustiante, até que
tiveram a notícia de que a história tinha sido “engolida”.
As tropas alemãs retiraram quase
todas para a Grécia e o ataque fez-se com êxito e com um mínimo de baixas. Aldrabões
até dizer chega, mas com êxito. A rapariga retira-se para outro serviço em
Londres e os dois amigos vão beber um copo juntos para comemorar.
No Procópio conhecemos um casal interessante
com quem conversámos muito. Trocámos números de telefone e emails. Ficámos de
nos encontrar mais vezes.
Título Original do filme: Operation Mincemeat
Realizador: John Madden
Actores: Colin Firth, Matthew Macfadyen, Kelly Macdonald
País: EUA, Reino Unido
Ano: 2021
Duração (minutos): 128