domingo, 6 de dezembro de 2015

Sobre os ensaios de Ingersoll.



Acabei de publicar neste blog os ensaios de Ingersoll sobre os deuses. Não me move qualquer animosidade contra os crentes, antes pelo contrário. Como ateu aceito e respeito todas as crenças, mas acho-me no direito de mostrar aquilo que penso. Ingersoll, líder político, livre-pensador e excelente orador norte-americano, já no século 19 dissertava sobre estes assuntos e com um poder de argumentação que eu, com muita pena minha, não possuo. Com tudo isto apenas quero demonstrar que o homem não necessita de ser religioso, nem crente, para viver dentro dos parâmetros do bem e da ordem. Na minha opinião o homem crente não é livre, estando sempre dependente do julgamento de um deus e como tal limitado, com medo de infringir as leis divinas. Podem dizer-me que também estamos sujeitos às leis dos homens. Pois estamos, mas nessas, através da democracia, podemos interferir. Votamos naqueles que julgamos serem os melhores para governarem e, se uma lei for considerada má ou injusta, há formas de lutar para que seja modificada ou revogada desde que se queira e tenha vontade disso. As leis de deus, que até foram pensadas e escritas por homens, são consideradas irrevogáveis e aí, quem delas se desviar, sofre o castigo dos infernos, da excomunhão, da luta com a sua própria consciência e o medo da punição. Isso não é liberdade, é estar sujeito a uma entidade na qual acreditam que vela por nós e rege os nossos procedimentos. Por causa dessas crenças é que surgem os fundamentalismos e muito mal se faz aos outros por se pensar que é deus quem assim manda. Felizmente que, na actualidade, o deus dos cristãos é o mais moderado, mas o dos judeus e o dos muçulmanos continuam demasiado fundamentalistas e é o que se vê por esse mundo fora. A animosidade entre crentes dos diversos deuses é tremenda, sendo as religiões do livro as piores nesse aspecto. Hindus, taoistas, budistas, baai, e outras, não se hostilizam salvo muito raras excepções. Perdoem-me pois a ousadia e mais uma vez o meu obrigado pela vossa paciência.

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