Nota: Mais um poema de pé quebrado e má métrica, que fiz em louvor das almoçaradas que eu e os amigos costumamos fazer quando das nossas caçadas. O Adérito era o cozinheiro.
Se os Deuses, no Olimpo, tragam deste pitéu,
De certo clamam ufanos,“ É obra do Adérito”
Pois a saborosa obra-prima tem o mérito
De levar seus amigos caçadores ao céu.
Na Terra, depois da caça, e já estafados
Regressam ansiosos os companheiros
Barulhentos, ruidosos, galhofeiros
Sedentos, cansados e esfaimados.
Perante tal odor, tal colorido, tal aparato
Caem na mesa avançando com fervor,
Atacando com firmeza o prato sem temor,
E rendem ao “divinal” obreiro timorato,
Homenagem sincera, sentida e sem favor,
Ao soberbo amigo e Mestre cozinheiro,
Dando louvor sincero ao caro parceiro,
Que realiza e apresenta este primor.
Mudando o verso vou cantar o efeito louco
Que o repasto provoca nos inchados buchos
Dos comensais que não “traçaram” pouco,
E após a euforia se tornam murchos.
Escorreu o vinho, os doces e digestivos,
Come-se fruta, bolos e quejandos
Baixa a pestana deitam-se os malandros
Que nos braços de Morfeu se ficam passivos.
Sonham-se caçadas, tiros e almoços
Soltam-se odores e doem os ossos
Das más camas que se vão improvisando.
E após a reparadora sesta dos comensais
Vai-se p’rá caça dos alados bicharocos
Com vapores soltando de gases anormais
Cabeça tonta, olhos vesgos e ouvidos moucos
Dos bons e belos manjares comidos demais
Para delícia de todos que ficaram loucos.
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