“Tal citação encontra-se no ato I do livro “A morte de Danton” (1835) escrito pelo escritor e dramaturgo alemão Georg Büchner (1813-1837). Büchner escreveu este romance como uma análise dos problemas e causas que levaram o fracasso do governo que se instaurou após a Revolução Francesa de 1789.”
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Nunca uma frase foi tão bem aplicada como no caso português. Em 1974 foram os militares que fizeram a revolução, logo seguida e acarinhada pelo povo. O programa do Movimento das Forças Armadas foi um documento chave para a instalação da democracia representativa. Uma tentativa, demasiado “revolucionária” de instalação de partido único, foi também abortada pelo Movimento das Forças Armadas, repondo o seu programa tal como inicialmente se instituiu (25 de Novembro). Elegeu-se a Assembleia Constituinte, elegeu-se o primeiro Presidente da República e elegeu-se o primeiro Governo democrático. O Conselho da Revolução foi o garante de que os passos da democracia seriam os correctos. Esse Conselho saiu e deixou o poder total aos civis como era preconizado. Já nessa fase se notava uma certa animosidade para com os militares, pois essa passagem não foi feita com a subtileza e a consideração devida a quem tanto tinha feito pela mudança.
Daí para cá foi notória a animosidade que o poder político, totalmente civil, tem tido para com os militares, sonegando-lhes os direitos que lhe são devidos.
Os Partidos Políticos deviam estar gratos aos militares por terem criado as condições para a sua existência legal. Deviam estar gratos ao povo por os ter aceite e lhes ter dado a legitimidade de governarem, mas o que infelizmente se viu e vê é que os partidos do poder desde 1974, em vez de terem criado condições sólidas de sustentação de um Estado de direito, governaram de forma a tornarem o nosso País, num Estado, desbragado, corrupto, injusto, e deseducado culminando agora num Estado falido e governado pelos donos do dinheiro mundial que apenas vêm na “ajuda” que nos dão, uma forma de poderem cobrar juros incomportáveis, sem consideração por um povo já tornado miserável e miserabilista.
Mas os donos do poder (partidos) não sofrem. Esses têm todos os apoios e, mesmo depois de saírem, após terem praticado as maiores vilanias, instalam-se nas empresas e na banca que sempre apoiaram em detrimento do povo.
Os militares agora, não podem fazer revoluções e os senhores do poder sabem isso. Vivemos em democracia instituída e a tropa já não é o povo em armas. Contratados não se voltam contra quem os contrata. Mas, o povo pode mudar isto. Pode vir a exigir nas ruas, uma mudança de regime que permita sermos governados por técnicos capazes sob a batuta de um Presidente eleito e responsável pelo poder perante o Povo. Os partidos políticos não podem ser os executores do orçamento. Devem ficar limitados à Assembleia da República onde devem representar o povo dos seus círculos eleitorais e, nesses deveriam possuir gabinetes para poderem receber representantes legais do povo que os elege, para os ouvir e levar à AR.
Pode ser que um dia…
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