sexta-feira, 4 de maio de 2012

THAIS

Para mim, a música, é das artes a mais sublime. Nada me emociona mais do que uma bela melodia. Aliás, estou a ficar demasiado sensível, deve ser da velhice. Gosto imenso de música clássica e dentro desta aprecio bastante a ópera. Há pouco, fazendo um “zaping” pela internet dei com uma das mais belas melodias que já me foi dado ouvir e, o seu autor, até nem é dos que mais aprecio. Jules Massenet tem duas óperas muito conhecidas, Manon e Werther são das mais encenadas em todo o mundo, mas há uma, raramente encenada, que num “intermezzo” durante o 2º acto, tem uma melodia que não consigo escutar sem que uma lágrima teimosa me chegue aos olhos. Chama-se Meditação e faz parte da ópera “Thais”. É tão sublime, tão bela, tão arrebatante que nos faz abstrair completamente do mundo que nos rodeia e nos transporta para um encantamento completo, quase impossível.
A ópera em si não é nada de especial. São três actos musicados que contam a história de um monge cenobita que, no Egipto, tenta converter ao cristianismo uma cortesã (Thais) que adora vários deuses, entre eles um de quem é mais devota (Eros) e do qual guarda uma imagem. Thais resiste imenso até que se deixa convencer e acaba sendo conduzida pelo prosélito, a um convento onde ele a deixa convencido de que não mais a verá. Só que o nosso devoto monge não esperava enamorar-se, mas é isso que lhe acontece e sabe que sofrerá o resto da sua vida.
Escutem esta interpretação de “Meditation” e reparem em quem conduz a orquestra.

http://www.youtube.com/watch?v=Ss1URTJYlfQ

3 comentários:

  1. Olá, Rui
    Gosto de ler o que escreves, seja qual for o tema, graças à tua sólida cultura abordas todos os assuntos com clareza. Tens um estilo de eximio contador de histórias, calmo e assertivo, como agora se diz. Eu, pelo contrário, tenho sempre uma ponta de veneno no que escrevo, procuro sarcasmo. Não gosto muito, mas é mais forte do que eu, os tempos que estamos a atravessar tambem ajudam.Raramente vejo telejornais, quando vejo ainda pior. Tenho que mudar de atitude. Vou fazer uma pausa.
    Vou lendo o que escreves
    Grande abraço.
    J. Cruz

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    1. Caro Amigo Cruz
      Ainda bem que aparecem amigos como tu para me darem coragem à escrita. Nem sempre me apetece e nem sempre tenho veia. O teu veneno e sarcasmo, como referes, é útil e os nossos governantes merecem-no. Não precisas de mudar de atitude. O país é que tem de mudar. Continua e não os poupes.
      Abração
      Telo

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    2. Espetacular interpretação de Sarah Chang. Nunca tinha visto o Placido Domingo a dirigir uma orquestra
      Boa noite. Um grande abraço
      J. Cruz

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