quinta-feira, 19 de abril de 2012

FEIJOADA

Hoje não escrevi nada, mas para não deixar o blogue em branco, vou aqui colocar um “poema” se àquilo se pode chamar isso.
Nunca tive grande jeito para a versalhada, mas na minha Associativa de caça, o Presidente é um advogado meu amigo que fez anos e resolveu levar para o almoço uma bruta feijoada confeccionada pela sua cara-metade, também minha amiga.

A feijoada foi um êxito e os companheiros gritaram:
Esta feijoada merece um poema.
E lá fui para casa tentar. Como não percebo nada daquilo, inspirei-me no “Luisinho Vaz”, que sabia destas coisas. E saiu isto:

A feijoada da Rosa

A Rosa, certamente uma das que ficou
no regaço de Isabel, talvez esquecida,
para o seu amado o petisco preparou,
com o gosto de apresentar boa comida,
aos amigos que com ele compartilham
de Santo Humberto a ancestral arte
mas que o bom almoço não dispensam
deglutir, seja aqui ou noutra parte,
que bebendo e comendo dizem no final:
– Que encanto! Que tremenda feijoada divinal!

Cesse tudo o que a antiga musa canta
sobre os grandes bacanais de Baco
porque o conteúdo do tacho encanta
e, não se trata apenas só de um “taco”.
E todos na hora dos parabéns dar,
ao simpático presidente aniversariante,
todos lhe apontam o dever de recordar
que a atitude mais bela e elegante
é à sua boa esposa transmitir o encanto
de quem, do almoço, tinha gostado tanto.

E agora, os puristas da verdadeira poesia, não me dêem na cabeça porque a métrica deve estar errada. Mas, foi o melhor que se arranjou…

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